quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cachoeira da Toca: Tradição em Ilhabela



Visitar Ilhabela e não conhecer a Cachoeira da Toca é como viajar ao Egito e não ver as pirâmides. O passeio é um dos mais antigos e tradicionais do arquipélago e, ainda assim, mantém o seu encanto.
A Cachoeira da Toca está localizada no interior de uma fazenda com o mesmo nome, distante 5 km da balsa, a caminho de Castelhanos.
Estive lá em um final de tarde, como não pretendia ficar por muito tempo, não passei o repelente e, se exagero, quando olhei a minha canela parecia que estava usando meia calça preta, tanto era o número de borrachudos.
Saí correndo em desespero. Por isso, 1ª dica para quem pretende conhecer o lugar: USE REPELENTE. 
 
O local, envolvido pelo verde exuberante da mata atlântica, oferece opções de lazer para pessoas de todas as idades. Desde os mais aventureiros até aqueles que procuram um lugar sossegado para namorar, o roteiro é uma agradável surpresa.
A sugestão para conhecer bem o lugar é começar percorrendo algumas das trilhas que existem na fazenda. Entre elas, está a ruína da casa do Pirata Borges que, segundo a lenda, era um temido traficante de escravos. 
Após aportar seu navio negreiro na Baía de Castelhanos, contam os antigos que ele atravessava a Ilha a pé, parando para descansar às margens da cachoeira com seus escravos. Muitos escravos seguiam para o continente, onde eram comercializados. Outros, muito doentes devido a longa e penosa travessia do Atlântico, acabavam por ficar na Ilha.
Nesta parada, no meio da Mata Atlântica, foi construída uma casa grande e uma senzala que a mata acabou retomando e transformando em ruínas.
Depois do passeio na trilha, um banho nas águas cristalinas da cachoeira é uma excelente maneira de se refrescar e renovar a energia.  
 
É permitido ficar na cachoeira até às 18h e algumas pessoas aproveitam esse tempo para desafiar a natureza, praticando algumas loucuras acrobáticas. Outros se contentam em assistir e ficam surpresos com as peripécias de alguns caiçaras locais.
Um dos freqüentadores assíduos é o caiçara Eduardo Moura, de 26 anos, que sempre vai ao local praticar o “surfe na pedra” e com suas manobras radicais encanta os turistas.
Quem não tem coragem para deslizar em pé nas pedras, pode sentar e escorregar como se estivesse num tobogã natural, encostado na exuberante Mata Atlântica.
Para descansar um pouco, a sugestão é procurar a sombra da pedra que dá o nome à cachoeira. Na pedra que tem a forma de uma pequena toca é possível ter uma vista geral da fazenda.

 
Serviços:
Cachoeira da Toca
Estrada da Fazenda da Toca, s/n - Água Branca
Fone: (12) 3865- 5325
Taxa de visita: R$ 15,00 (acima de 11 anos)/ R$ 10,00 (6 a 10 anos), com direito a repelente pagam.

Acesso:
O acesso é fácil. Chegando da balsa, siga em direção ao Perequê. Em frente ao restaurante Max, vire a direita e siga sempre em frente, até a bifurcação com a estrada de Castelhanos. Entre à esquerda e ande mais uns 700 metros.

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