terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A maldição do faraó

A máscara fúnebre de Tutancãmon é provavelmente o mais famoso exemplar da arte egípcia e surgiu na trilha da maior descoberta arqueológica do século 20.
O túmulo desse jovem rei foi o único a escapar da sanha dos ladrões de sepultura do Vale dos Reis e guardava uma extraordinária coleção de tesouros.
Entre eles, a máscara feita em ouro e lápis- lazúli – um material tão caro que já foi chamado de ouro azul. Os faraós eram considerados a encarnação de deus do céu, por isso se usava a cor azul.
A cobra era símbolo de Wadjet, a deusa protetora do baixo Egito. A seu lado a cabeça da ave é o emblema da deusa abutre Nejhbet, espírito encarregado de cuidar do alto Egito.
O falcão que decora a gola da máscara era a forma animal de Hórus, deus do céu , e símbolo da condição divina do faraó.
Quando a máscara foi descoberta estava tão presa que só pode ser retirada depois que a cabeça da múmia foi separada do corpo. Cruel, heim Tutan?
Confesso que fiquei comovida, decidi pesquisar e descobri uma história de vingança e maldição.
“A morte abaterá com suas asas quem perturbar o sono do faraó”.
Esta frase encontrada no dia 22 de novembro de 1922, quando a equipe do arqueólogo Howard Carter decifrou os hieróglifos do portal do mausoléu do faraó Tutankamon deu início a um grande mistério.
Coincidência ou não, sete anos depois, treze membros da equipe haviam morrido de forma inexplicável. Outras nove pessoas que tiveram contato com a múmia também estavam mortas.
A primeira morte aconteceu em abril de 1923. O Conde de Carnarvon, aristocrata inglês, que acompanhou Carter e financiou a expedição, começou a agonizar em seu quarto, em Luxor, no Egito.
Os médicos falaram que a causa da febre alta era alguma moléstia provocada por picadas de mosquitos. Mas sua irmã, Lady Burghclere, disse que ouvia o doente mencionar o nome Tutankamon em meio aos delírios: “Já entendi seu chamado... eu o seguirei!”.
O arqueólogo americano Arthur Mace, que havia ajudado Carter a destroçar os muros do mausoléu, teve uma morte ainda mais fulminante pouco tempo depois do falecimento de Carnavon. Por vários dias, ele se queixou de uma sensação de fraqueza e prostração crescentes, perdendo a consciência em certos momentos. Morreu em um hotel, antes mesmo que os médicos pudessem arriscar um diagnóstico.
O milionário americano George Jay-Gould foi outra vítima fatal. Ele esteve no sepulcro a convite de Carnarvon, que era um velho amigo, e morreu na tarde seguinte à visita, também atacado pela febre.
Archibald Douglas Reed, que desenrolou e radiografou a múmia, morreu com os mesmos sintomas ao retornar à Inglaterra, em 1924. O secretário de Howard Carter, Richard Bethell, foi encontrado morto em sua casa em Londres. Tinha boa saúde e ninguém entendeu a razão da morte. No mesmo ano, em 1929, a viúva de Lord Carnarvon, Lady Almina, morreu em circunstâncias semelhantes às do marido.
A maldição do faraó Tutankamon entrou para a história como um dos fatos mais inexplicáveis que já desafiaram os arqueólogos. Muitos acreditaram em uma força sobrenatural. Isso porque encontraram vários textos no sepulcro que diziam, por exemplo, “Eu sou aquele que fez fugir os saqueadores dos túmulos com a chama do deserto. Eu sou aquele que protege o túmulo do faraó”.
Isso que dá mexer nas coisas dos outros, ai que medo!.











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