sábado, 10 de agosto de 2013

Marselha: Certidão de Nascimento da França

EUROPA
França - Marselha/ Calanques de Cassis
 

Eu não estava muito entusiasmada com o fato de conhecer Marselha, depois de dias passeando por vilas e campos de lavanda não me impressionava nem um pouco voltar a uma cidade grande.
No entanto, após conhecer a cidade decidi estender a minha visita e fiquei dois dias.


Nós chegamos à noite e o nosso hotel era muito próximo à estação de Metrô. Na manhã seguinte, usamos esse meio de transporte para ir até a área portuária e esbarramos com pessoas vestidas em trajes de praia.
 




Isso não era o que eu esperava encontrar em um metrô na França, mas gostei, eu me senti um pouco no Brasil. Essa foi primeira surpresa do passeio.

 
Chegamos ao porto, um lugar muito movimentado, com diversos cafés, restaurantes, lojas e hotéis. Deu para perceber que a vida social em Marselha gira em torno deste lugar.
Marselha é a segunda mais populosa cidade de França e a mais antiga cidade francesa.

Em 1720, a grande peste de Marselha, uma variante da Peste Negra, provocou 100 000 mortes na cidade e nas províncias limítrofes.
A população local abraçou com entusiasmo a Revolução Francesa e 500 voluntários marcharam para Paris em 1792 para defender o governo revolucionário. Em sua marcha de Marselha a Paris cantavam uma canção, que passou a ser conhecida como La Marseillaise, hoje em dia convertida no hino nacional da França.
 

Durante a Segunda Guerra Mundial, uma grande parte do centro antigo da cidade foi dinamitado, no lugar hoje existem avenidas largas e calçadão com lojas de grifes.
 

A partir da década de 1950, a cidade serviu como porto de entrada na França de mais de um milhão de imigrantes, principalmente argelinos. Essa mistura é fácil perceber, desde o colorido das roupas, sotaque e o cheiro das comidas que são vendidas nas barraquinhas que ficam nas calçadas de Marselha.  

Em 2013, Marselha foi considerada a capital europeia da cultura, existem muitos museus e monumentos, inclusive o Arco do Triunfo, construído na Praça Jules Guesde como símbolo da prosperidade da cidade.

 
Um dos passeios bacanas para fazer em Marselha é ir de barco até as ilhas. Enquanto se afasta da cidade é possível ver o  MuCEM, o Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo, que inclui um monumento histórico, o Forte São João, e a igreja de Nôtre-Dame de La Garde.

 

Mesmo eu que estou acostumada com o mar, fiquei deslumbrada com o visual.
Por causa do vento forte e maré agitada, nós não pudemos ir até a Ilha de If, onde está o famoso Chateau d´If que ficou famoso com o livro de Alexandre Dumas, O Conde de Monte-Cristo. Fiquei um pouco triste.
 
 
De Marselha seguimos por 30 minutos em direção da ilha de Frioul, a paisagem é árida, mas no meio das pedras calcárias (calanques) formam-se pequenas piscinas de água cristalina. Eu bem que tentei me refrescar, mas mesmo sendo verão a água estava muito gelada.
 

Na II Guerra Mundial, a ilha foi praticamente destruída, mas ainda restam algumas ruínas.


Nesta ilha também tem um pequeno centro, com hotéis e restaurantes, aproveite para provar os mariscos. Uma delícia!
No dia seguinte, seguimos para porto de Cassis, que naquele dia estava lotado de turistas, super difícil estacionar o carro.

 
Cassis à beira do Mediterrâneo seria apenas uma cidade charmosa se não fossem as suas Calanques, costões rochosos, que formam uma das paisagens mais bonitas da França.
 

O passeio até as Calaques pode ser feito de barco ou caiaque. O que você acha que eu escolhi? Barco, ora essa. E o medo da água gelada?
 

Uma dica legal para quem visita as praias da Europa é comprar aquela sapatilha de borracha para evitar machucar os pés nas pedras, o que pode ser meio desagradável.
Na volta, compramos frutas, pão, queijo e garrafa de água. Próxima parada: St. Tropez.
Brigitte Bardot aí vamos nós!

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