segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Cuidado para não cair nas teias da dependência digital





"Sinto muito, senhora, mas sua internet só estará disponível amanhã, depois do meio dia!".
Você já se imaginou ficar mais de 24 horas (contadas a partir das 9 da manhã de uma segunda-feira de trabalho) sem internet? Quase que eu passei por essa temida experiência!
Do nada, o sinal da minha operadora sumiu e, ao entrar em contato com a empresa, a funcionária me deu a otimista notícia que eu ficaria offline até amanhã. Claro que, rapidamente, dei um jeito...diria que foi um "jeitinho brasileiro". Busquei em todos os cômodos da casa (todos mesmo!) onde poderia ter sinal, até que encontrei...ufaaa!!!
Hoje em dia posso seguramente afirmar que não vivo mais sem internet! Aliás, acho difícil encontrar alguém que não dependa do mundo digital. Mas até onde essa necessidade é saudável? E como saber se o hábito não virou um vício? O assunto é tão sério que já virou estudo da Pontifícia Universidade Católica, a PUC, de São Paulo.
O Núcleo de Pesquisa em Psicologia e Informática da PUC realiza, desde 2002, um levantamento pioneiro sobre a dependência digital. Pessoas de diferentes faixas etárias, classes sociais e de ambos os sexos estão sendo avaliadas - e ajudadas. Isso porque a "netcompulsão" pode tornar o indivíduo refém, fazendo-o perder o controle da própria vida.
Estima-se que, no Brasil, 10% dos usuários de internet estão dependentes. E assim como ocorre em qualquer outro vício, o difícil é assumir. Segundo os pesquisadores, alguns distúrbios são clássicos: a pessoa se afasta da família e dos amigos, não sai de casa e até mente para evitar um contato real. Depressão e timidez excessiva também são observadas.
De acordo com os especialistas, a quantidade de horas que uma pessoa passa na internet não é o que determina se ela está dependente; é um fator, claro, mas, mais do que isso, é preciso perceber o quanto sua vida e seu dia a dia estão sendo afetados (e modificados).
A procura pela pesquisa da PUC foi tão grande que, em 2006, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo criou um grupo específico para o tratamento de pacientes viciados na internet.
Se não tivesse jeito, eu teria ficado offline até amanhã sem maiores problemas; remanejaria alguns trabalhos e contornaria a situação. Isso não me afetaria emocionalmente.
Agora, se para você a ideia é angustiante e totalmente fora de cogitação, cuidado! Esse é um sinal da dependência digital... Fique alerta!

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