terça-feira, 6 de agosto de 2013

Quer comer muito bem? Ora, vá a Lyon

EUROPA
 
França - Lyon


A fama desta cidade que fica no caminho para quem sai de Paris em direção a Provence, no sul da França, já me deixava bastante animada.
E bastou um dia para eu verificar que a fama faz jus a esta cidade. É possível comer muito bem em Lyon e por um preço justo.
Mas, não é só de boa gastronomia que sobrevive Lyon, a cidade onde nasceu Saint Exupéry, autor do clássico livro “O Pequeno Príncipe” e também dos irmãos Lumiére, percussores do cinema.


 
Quando chegamos já era noite, mas o clima agradável era um convite para uma caminhada. Próximo ao nosso hotel, escolhemos um restaurante com mesas na calçada que servia Kebab, iguaria saborosa conhecida como churrasquinho árabe.
No dia seguinte, acordamos cedo para conhecer a cidade. Nós deixamos o carro na garagem e fizemos todo o percurso a pé.
Lyon é uma cidade muito antiga, data de 43ac, que surgiu em cima de uma colina denominada Fourvière, cortada por dois rios Saône e Rhône. No século 19, era uma importante potência na produção de seda.
 

Para chegar até a cidade antiga nós atravessamos a Estação de Trem Lyon Perrache e, bem do outro lado, estava a Praça Carnot.



Seguimos em frente pela Rua Victor Hugo até chegar a Praça Bellecour, é a terceira maior praça da França.
   

Estava muito quente e algumas crianças brincavam no chafariz. Eu senti falta de ver mais árvores no local, aonde pudesse me abrigar do sol, mas isso não me impediu de registrar o momento.

 
No centro da praça está a estátua equestre do Rei Luis XIV, o famoso Rei Sol. Na base da estátua, outras obras representando o rio Rhône e o Saône.
Deste ponto já conseguimos ver colina de Fourviére e a sua imponente basílica, mas ainda percorremos um longo e íngreme caminho para chegar até lá.
 

Antes foi preciso atravessar uma ponte e chegar bem em frente ao Palácio da Justiça, um dos lindos prédios que encontramos no caminho.
 

Lyon possui um extraordinário patrimônio arquitetônico, composto de vestígios do Império Romano, de edificações que datam da época em que se tornou uma grande cidade medieval.
Aproveitamos para fazer algumas fotos, inclusive da Ponte Bonaparte, um dos cartões postais da cidade.
 

Estávamos agora na Velha Lyon e aproveitamos para caminhar sem destino por algum tempo pela Rua St. Georges, com muitos restaurantes e lojas, inclusive o Museu do Guignol, um boneco de teatro de marionete, típico da cultura de Lyon.
 

Também passamos em frente ao Museu de Miniaturas do Cinema até nos depararmos com uma escadaria enorme. É possível evitar este trecho, chegando ao alto da colina de trem, mas nós decidimos encarar a jornada.
 

Antes de chegar a Basílica, paramos para admirar o Teatro Romano, construído em 15 a.c., onde ainda hoje tem espetáculo.
Finalmente, quase sem fôlego, chegamos a Basílica Notre Dame de Fourvière. No átrio, está estátua do papa João Paulo II.
 

A catedral é enorme e muito luxuosa, com mosaicos enormes pelas paredes e muitas imagens. Na verdade, é formada por uma igreja principal, outra igreja que fica na parte subterrânea e ainda outra que fica ao lado.
 

 


De lá é possível ter a vista mais bonita da cidade.
 

Neste lugar, nós conhecemos um grupo de estudantes brasileiros, que estava em Lyon graças ao Programa Ciência sem Fronteiras. Foi muito divertido conversar com eles.
 

Com fome, descemos a escadaria à procura de um lugar para almoçar. Como disse no início deste post, Lyon, terra do chef- celebridade Paul Bocuse, é famosa pela sua gastronomia.
 

Escolhemos um restaurante típico, no vocabulário lionês, é chamado de bouchons, o Les Chandelles, na Rua Saint Jean. Mas, você encontrará uma grande concentração desses restaurantes, escolha aquele que mais te agradar, dificilmente irá se arrepender.
Eu não tive coragem de experimentar a culinária típica lionesa (intestino de porco, estômago de boi e linguiça de miúdos, por exemplo).
 

A maioria dos restaurantes oferece como opção a ‘fórmula menu’, com direito a escolher o prato principal e a sobremesa, o preço é muito mais barato do que o prato servido individualmente. Para brindar a este lindo dia, uma taça de vinho tinto Beaujolais.
 

No final, ainda caminhamos pelo centrinho, visitamos as lojas e a catedral Saint-Jean, que começou sendo construída com um estilo romano em 1180 e só ficou pronta 300 anos mais tarde, com uma grande influência do estilo gótico.
 

Se eu gostaria de voltar a Lyon? Com certeza!
Mas, agora tínhamos que seguir viagem, rumo à Avignon, cidade dos papas.

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